quinta-feira, 25 de março de 2010



Portugal nas Trincheiras

Padrões da Grande Guerra

Para celebrar e rememorar o esforço da intervenção militar portuguesa na Primeira Grande Guerra, foram erigidos diversos monumentos em Portugal, nas antigas colónias e no estrangeiro - os Padrões da Grande Guerra. Para concretizar este desejo foi constituída a Comissão dos Padrões da Grande Guerra.





Para a Maria Isabel e Quintino, numa homenagem ao Major de Artilharia Eduardo Rodrigues Areosa Feio, que fez parte do 4º Grupo da Bateria de Artilharia, condecorado com a Ordem de Torre e Espada, a Cruz de Guerra e a Military Cross. Esteve na frente de batalha do Escalda (posição de Mont-Garin) na perseguição aos alemães, na batalha desencadeada antes do armistício.




"A marcha das baterias do 4º. G.B.A., para Ascq e Estafflers foi verdadeiramente triunfal, apesar da chuva que por vezes caia torrencialmente e das granadas inimigas que varriam as estradas. Avançavam nesta zona sobre a Bélgica tres grupos de baterias inglesas alem do nosso 4º. G.B.A., que ia sempre na vanguarda, com desespero dos britânicos. Algumas baterias, como a de que tratamos (a 3ª), perdida a ligação com a infantaria, em virtude do élan com que marchavam, chegavam a ir na frente desta, atravessando primeiro que ela as povoações desocupadas pelos alemães. Por isso foram recebidas entusiásticamente pelos habitantes, franceses e belgas, que cobriam de flores os soldados e os presenteavam com toda a casta de souvenirs."

Oficiais de Artilharia, onde se encontra o Major Eduardo Rodrigues Areosa Feio ( O 2º de pé. a contar da direita)


Um dos Padrões colocados no antigo sector português na Flandres


Localização dos sete Padrões no antigo sector português na Flandres


Monumento em La Couture








1 comentário:

Luís Alves de Fraga disse...

Caro Amigo,
Uma vez mais, neste recanto dedicado à memória do seu Exmo. Avô, um português ilustre - Bernardino Machado - quer, o meu prezado Amigo, deixar a homenagem aos militares portugueses que denodadamente combateram na Grande Guerra e especialmente em França.
Não consigo, nem pretendo, ficar indiferente a este seu desejo. Pelo contrário, é com muito gosto e grande honra que o cumprimento e felicito por esta iniciativa, pois, tendo eu dedicado largos anos da minha vida ao estudo da participação de Portugal na Grande Guerra, sei o que representou em sacrifício o empenhamento bélico dos nossos soldados nos campos de batalha daquela que foi a 1.ª Guerra Mundial.
A lei da Vida já fez desaparecer do nosso convívio os últimos representantes dessa geração de gente corajosa, por isso, e com a autoridade que julgo poder ter pelo meu trabalho, dou voz aos que já a não têm para lhe dizer: Bem-haja.