quinta-feira, 31 de março de 2011





O Instituto de Cegos Branco Rodrigues

Abandonado!?

O Instituto de Cegos Branco Rodrigues em S. João do Estoril, na Estrada Marginal


Meu irmão José ensinou música durante anos no Instituto Branco Rodrigues.




Visita do Presidente da República Bernardino Machado (1916) ao Instituto de Cegos Branco Rodrigues, acompanhado por Afonso Costa e o bondoso tiflólogo (fotogragia de Joshua Benoliel)








quarta-feira, 30 de março de 2011









O Museu Bernardino Machado, em Vila Nova de Famalicão, inaugura esta sexta-feira, 1 de Abril, a exposição “O Jogo da Política Moderna! Desenho Humorístico e Caricatura na I República”. A mostra itinerante é organizada pelo Museu Bordalo Pinheiro. Dividida em três núcleos, a exposição retrata de forma cómica os períodos da República Velha (1910-1917), República Nova (1917-1918) e Nova República Velha (1918-1926).No texto introdutório do catálogo lê-se o seguinte: “A I República Portuguesa trouxe consigo a explosão das práticas do humor social e político. O fenómeno foi alimentado pelo teatro de revista, pela comédia de costumes, mas sobretudo pela imprensa humorística e pela caricatura, que conheceram então um novo fôlego. O quadro político, de permanente instabilidade e confronto partidário, agravado pela crise da economia, forneceu a melhor matéria-prima para um desenho humorístico com estéticas diferentes, onde o traço simples e directo, por vezes até grosseiro, coexistiu com o traço mais vanguardista das primeiras manifestações do modernismo artístico em Portugal. Afonso Costa, Brito Camacho, António José de Almeida, Bernardino Machado e, nos anos 20, António Maria da Silva, são naturalmente os mais visados, dado o seu protagonismo no “jogo da política moderna”. A exposição está patente até 30 de Abril e pode ser visitada de terça a sexta-feira entre as 10h00 às 17h30 e aos sábados e domingos entre as 14h30 e as 17h30. A entrada é livre.








Fotografias e documentos retirados do espólio

Bernardino Machado/Miguel Dantas




Para Eduardo Cerqueira, com um abraço cordial



Fotografia de Miguel Dantas com as netas Rita (no colo direito) e Maria (no colo esquerdo) - 1894



Fotografia (anotada com a letra de Bernardino Machado) de Maria da Assunção Gonçalves Pereira (2ª mulher de Miguel Dantas), com a enteada Elzira Dantas Machado, acompanhada por seus filhos Domingos, Jerónima, Elzira e Inácio


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Miguel Dantas faleceu em Lisboa no dia 8 de Junho de 1905, realizando-se em Paredes de Coura as cerimónias fúnebres, nas quais esteve presente Bernardino Machado. Reproduzimos a notícia da morte de Miguel Dantas do jornal republicano "Vanguarda" e da revista "O Ocidente". (ver blogue de 12 de Janeiro de 2011)





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Minha Avó Elzira, que se manteve em Coimbra com os filhos, foi tendo notícias de Paredes de Coura, pelas cartas e o postal, que reproduzo:





terça-feira, 29 de março de 2011







MUSEU BERNARDINO MACHADO


A Peça da Semana



Globo de vidro


Características: Globo de vidro, colorido, decorado com motivos florais e fotografias de vários vultos republicanos, entre eles, Bernardino Machado.


Data: Século XX


Dimensões: 17 cm diâmetro


N.º inv.: 212


Doação: Família Machado Sá Marques











Câmara apresenta obra política de Bernardino Machado no 160.º aniversário do seu nascimento

28-03-2011

"A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, o Museu Bernardino Machado e as Edições Húmus comemoraram a data de nascimento de Bernardino Machado, mais precisamente os seus 160 anos, com a apresentação do III Volume, Tomo I da Política (1883-1907) O evento decorreu no Museu Bernardino Machado, no dia 28 de Março pelas 15h00, em Vila Nova de Famalicão, com a presença do Vereador da Cultura e Vice-Presidente da autarquia famalicense Dr. Paulo Cunha, assim como com a do Professor Norberto Cunha, coordenador científico do mesmo Museu e o responsável pelas Obras de Bernardino Machado.Nas palavras do Dr. Paulo Cunha, ao enaltecer inicialmente o trabalho do Professor Norberto Cunha, considerando a sua missão de trazer à luz as obras de Bernardino Machado, as quais vão assim ao encontro não só da comunidade científica, como igualmente da comunidade famalicense, realça, num segundo plano, o facto de se ter já editado textos do cientista, do pedagogo e agora da política, textos políticos que nos trazem as virtudes de Bernardino Machado no seu desempenho e pensamento político.Desta forma, a conclusão a que o Dr. Paulo Cunha chegou foi que o pensamento político de Bernardino Machado é mais actual do que se pode pensar. A Câmara Municipal tem a responsabilidade de pensar o passado para o futuro através do que Bernardino Machado nos presenteia, nomeadamente perante este Tomo I da sua Obra Política, para um futuro melhor.Por seu turno, o Professor Norberto Cunha enalteceu a conjunção dos esforços entre o Vereador e o Presidente da Câmara Municipal, Arq. Armindo Costa, assim como os recursos humanos do respectivo Museu, para a concretização dos projectos, nomeadamente as respectivas Obras de Bernardino Machado, e assim como os que aí se avizinham, caso dos Encontros de Outono, e os que decorrem, por exemplo, o IV Ciclo de Conferências “As Mulheres e a I República”, salientando a projecção do Museu não só a nível regional, como também a nível nacional.Relativamente ao I Tomo da Obra Política, se até 1903 Bernardino Machado era considerado o maior pedagogo português, acreditando não só na instrução profissional, como igualmente no papel da escola para a formação de cidadãos, o que o volume revela é que não foi Machado que mudou (e aqui está presente a sua adesão ao Partido Republicano em 1903), mas foi, isso sim, a própria Monarquia que o mudou, na medida em que a liberdade é uma condição de sociabilidade e de acção.Por outro lado, os textos deste I Tomo da Obra Política revelam a ponte entre a instrução e a política, porque a política é indissociável da instrução, até porque na escola se realiza a polis, se aprende a ser livre e sociável, porque na escola se faz a ética. É aqui que podemos ser melhor cidadãos em defesa da liberdade. Estes textos, publicados entre 1883 até 1907, revelam, ao mesmo tempo, a independência moral e política de Bernardino Machado e a intemporalidade do seu pensamento e a sua coerência moral. Para Bernardino Machado, a política não é uma religião, não é um dogma, apenas existem pessoas com outras visões sobre o mundo.Anunciando os futuros tomos da Obra Política, caso do II (1908-1910), ou o III (1910-1914), esperando-se a publicação, pelo menos, de VII tomos, realçando o grande opositor doutrinal que foi ao salazarismo, terminou por salientar as anotações aos factos e aos acontecimentos que os textos contêm e a terminologia específica de algumas palavras já em desuso e usadas por Bernardino Machado, especificando os seus sinónimos, e focando a introdução que realizou para uma maior compreensão do pensamento político de Bernardino Machado. A introdução denomina-se “Bernardino Machado: do monárquico liberal a republicano (1882-1907)”. Encontra-se dividida em sete partes: i) O deputado regenerador (1882-1883); ii) Oposição às políticas monárquicas antiliberais e de engrandecimento do poder real (1894-1895); iii) Grão-Mestre da Maçonaria (1895-1899); iv) Em trânsito para a mudança (1897-1903); v) Na senda do republicanismo (1903-1905); vi) Das eleições ao neo-monarquismo (1906-1907); vii) Em defesa da República."-

Do portal do Museu Bernardino Machado:





Lançamento do livro Obras de Bernardino Machado


III POLITICA Tomo 1




O Museu Bernardino Machado, com o apoio da Vereação da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, tem vindo a publicar a extensa bibliografia de Bernardino Machado. Ontem, dia de aniversário do nascimento de Bernardino Machado, foi lançado o 1º Tomo das Obras III Política, numa inesquecível cerimónia, que teve a presença do Dr. Paulo Cunha, Vereador da Cultura, e do Professor Doutor Norberto Ferreira da Cunha, Coordenador Científico do Museu. Para ambos um apertado abraço de gratidão! Reproduzimos o texto do Blogue "culturafamalicao", do Dr. Amadeu Gonçalves, com o relato e fotografias da sessão: http://culturafamalicao.blogspot.com/2011/03/bernardino-machado-politica-tomo-i.html

segunda-feira, 28 de março de 2011




28 de Março de 2010 - Aniversário de Bernardino Machado


Paula Lamego e Vitória Maria no Museu Bernardino Machado

Vim com a Vitória Maria ao Museu Bernardino Machado, para estarmos presentes na cerimónia do lançamento do novo livro das Obras de Bernardino Machado - III POLÍTICA Tomo 1 - Edição Húmus, a realizar hoje.

Recordando meu Avô no dia de hoje!


Foi no verão de 1943, na Senhora da Hora, que passei, pela ultima vez, umas semanas de férias com meu Avô Bernardino. Recordo que numa daquelas manhãs em que o ouvíamos com enlevo, o interrompi, para, com a irreverência de jovem, o invectivar: - "Se o Avô em 1907 se mantivesse na cátedra, certamente teria contribuído para a reforma da Universidade, e a Família estaria hoje melhor..." O que fui dizer! Só quando fui buscar o livro "A Universidade de Coimbra" e li algumas passagens da oração "O Marquês de Pombal", a conversa serenou... Dias depois, no patamar da entrada da vivenda da Senhora da Hora, despedia-me do Avô, que não escondeu as lágrimas. Quando me ausentei, o Avô perguntou a meu irmão Luís - "Porque é que o Manuel vai tão cedo, tem namorada em Lisboa?"


domingo, 27 de março de 2011




As fotografias de Bernardino Machado inseridas no Arquivo Municipal de Lisboa


VII - Comemorações do 1º de Dezembro




Título: Comemorações do 1.º de Dezembro. O presidente da República, Bernardino Machado, o ministro da Guerra, Norton de Matos e o ministro do Interior, coronel Mouzinho de Albuquerque, após a sessão solene realizada no palácio do conde de Almada

Data(s): 1916 Nível de descrição : Documento simples - Fotografia Dimensão e suporte: Dimensão: 9 x 12 cm Suporte: Negativo de gelatina e prata em vidro Autor(es): Benoliel, Joshua, 1873-1932 Cota antiga: JBN002724 A25826 N23453 Notas: Inscrição no original: 1º Dezembro 1916; 23453. Sobre este acontecimento, veja-se a Ilustração Portuguesa, n.º 564, 1916, 11 de Dezembro, p. 468. Assunto: Restauração, 1640 (Portugal) / Portugal. Presidente da República, 1915-1917 (Bernardino Machado) / Portugal. Ministro da Guerra, 1915-1917 (José Maria Mendes Ribeiro Norton de Matos) Rua / Local: Largo de São Domingos Cidade: Lisboa Concelho: Lisboa País: Portugal Imagem: AF\img52\A25826.jpg Código de referência: PT/AMLSB/AF/JBN/002724



A Ilustração Portuguesa a que se faz referência:



sábado, 26 de março de 2011



As fotografias de Bernardino Machado
inseridas no Arquivo Municipal de Lisboa

VI - O Presidente da República, Bernardino Machado, com o Ministro da Guerra, major Norton de Matos, eo almirante Leote do Rego, a bordo do navio chefe da divisão naval




Título: O presidente da República, Bernardino Machado, com o ministro da Guerra, major Norton de Matos, e o almirante Leote do Rego, a bordo do navio chefe da divisão naval
Data(s): 1917
Nível de descrição : Documento simples - Fotografia
Autor(es): Fotógrafo não identificado
Cota antiga: EFC000003 B093502 N093502
Notas: Semelhante à imagem publicada na Ilustração Portuguesa, n.º 602, de 3 de Setembro de 1917, p. 182, da autoria de Joshua Benoliel, com a legenda: "O chefe do Estado, membros do ministério e do município, comandante da divisão naval a bordo do Vasco da Gama".
A imagem integra uma notícia sobre a homenagem do município de Lisboa à Marinha de Guerra, realizada a 25 de Agosto de 1917, e que consistiu na entrega de uma bandeira nacional ao navio chefe da divisão naval
Assunto: Rego, Jaime Daniel Leote do, 1867-1923 / Embarcação / Cruzador Vasco da Gama / Militar / Portugal. Presidente da República, 1915-1917 (Bernardino Machado) / Portugal. Ministro da Guerra, 1915-1917 (José Maria Mendes Ribeiro Norton de Matos)
Cidade: Lisboa
Concelho: Lisboa
País: Portugal
Imagem: AF\img188\B093502.jpg
Código de referência: PT/AMLSB/AF/EFC/000003


sexta-feira, 25 de março de 2011



Do blogue "Diários" do Dr. Amadeu Gonçalves, com um apertado abraço!
http://diariosincompletos.blogspot.com/2011/03/x-portugal.html


"A Nação está como um casal desmantelado pelas dissipações do seu chefe, onde um dia entra a doença ou o desastre. Que desespero! Nada se previu e se acautelou, nada se dispôs para o momento do perigo."
Bernardino Machado, Lógica dos Acontecimentos, 1910















Câmara apresenta obra política de Bernardino Machado no 160.º aniversário do seu nascimento
25-03-2011


A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão convida os órgãos de comunicação social para a apresentação do I Tomo da Obra Política de Bernardino Machado, que decorre na próxima segunda-feira, dia 28 de Março, pelas 15h00, no Museu Bernardino Machado. A cerimónia conta com as presenças do vice-presidente da autarquia, Paulo Cunha, e do coordenador científico do Museu, Norberto Cunha. A apresentação da obra insere-se nas comemorações do 160.º aniversário de nascimento de Bernardino Machado, que se assinala precisamente a 28 de Março.

Editado pelas Edições Húmus, a obra política corresponde às publicações textuais existentes entre 1883 até 1907. Assim, este I Tomo da política tem início com os discursos de Bernardino Machado na Câmara dos Deputados em 1883 e termina em 1907 com a conferência pronunciada no acto das inscrições de Augusto José da Cunha e de Anselmo Braancamp Freire como sócios do Centro Republicano, segundo o extracto do jornal “O Mundo”. Augusto José da Cunha e de Anselmo Braancamp Freire aderiam ao Partido Republicano Português, tal como Bernardino Machado o fez em 1903, numa conferência pronunciada no Ateneu Comercial de Lisboa com o título “Formas de Governo”, texto reproduzido constantemente até aos nossos dias.

Membro efectivo do Directório do Partido Republicano Português entre 1906 a 1909, com Celestino de Almeida, António Luís Gomes, António José de Almeida e Afonso Costa, Bernardino Machado, em 1907, coloca-se ao lado dos estudantes, perante a questão da famosa greve académica do mesmo ano, alastrando-se por todos os ramos de ensino, demitindo-se de Lente Catedrático da Faculdade de Filosofia da Universidade de Coimbra, assim se manifestando contra a repressão que o então governo de João Franco exercia sobre os estudantes. No mesmo ano, em 1907, Bernardino Machado é homenageado publicamente, com uma manifestação inicialmente proibida pelo governo franquista, concretizando-se, contudo, tal homenagem a 27 de Julho.

O Tomo I da obra política de Bernardino Machado compreende, assim, textos retirados de livros como as “Afirmações Públicas: 1886-1888)” (1888), “Homenagens” (1902), “”Conferências Políticas” (1904), “Da Monarquia para a República: 1888-1905” (1905), “Pela República: 1906-1908” (1908), ou das míticas brochuras “Os Vinhos Portugueses” (1897), “Pela Liberdade” (1901) e “O Neo-Liberalismo da Monarquia” (1906). Contudo, a grande novidade, cabendo aqui, ao mesmo tempo, a sua originalidade, serão os textos de Bernardino Machado que dizem respeito às suas intervenções cívicas e políticas publicadas na imprensa portuguesa, particularmente no jornal “O Mundo”, mas também de jornais como “A Vanguarda”, “O Primeiro de Janeiro”, “A Voz Pública” ou “A Luta”, textos que acompanham o ideário republicano e propagandista na sua fase de maturidade, passada que está a fase da actividade pedagógica. Coordenado por Norberto Cunha, o I Tomo terá um texto do mesmo responsável de introdução geral ao pensamento político de Bernardino Machado, assim como ao respectivo tomo.

Refira-se que já foram publicados dois volumes: um volume dedicado à actividade científica, assim como um outro volume com três tomos dedicados à actividade pedagógica de Bernardino Machado (I tomo, 1882-1892; II tomo, constituído pelas “Notas Dum Pai”, texto publicado inicialmente entre 1896 a 1903 na revista de Coimbra “O Instituto”, e o III tomo, com textos publicados entre 1891 a 1903).