quinta-feira, 26 de maio de 2011





A HEMEROTECA DIGITAL


digitalizou os dez numeros do jornal "A Bomba"












Do texto editado pela Hemeroteca Digital, reproduzimos uma parte.

Ver o portal clicando em:

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/ABomba/ABomba.htm

<< A BOMBA – A 20 de Abril de 1912 estourava no Porto o primeiro número d’A Bomba, jornal humorístico que, como tantos outros, teve uma duração efémera,desaparecendo com o “10.º Estouro”, a 22 de Junho do mesmo ano. Explicação: a falta de leitores, que teria inviabilizado economicamente a continuidade deste projecto editorial. O fim do jornal, e os motivos, foram até anunciados no último número, o 10.º, na secção dedicada ao “Expediente”:“«A Bomba» suspende neste número a sua publicação. Não é para melhorar, nem
para reaparecer de aqui a cinquenta anos. É, única e simplesmente, para deixar de perder mais dinheiro, falando com as letras todas. O público não se agradou do nosso semanário; nós não quisemos ir perguntar ao público os motivos, nem nos dispusemos a aceitar transigências. Deixámos inimizades, provocámos irritações, mas isso que importa? Atirem-nos de lá pedras iguais e verão onde elas chegam. Aos colegas que connosco permutavam pedimos o obséquio de suspenderem as suas remessas”. Mais esclarecedor era difícil… Dirigiam a “manipulação” d’A Bomba Álvaro Pinto (1889-1957)1, na parte literária, e Cristiano de Carvalho (1874-1940), na artística. O “fornecedor das matérias-primas” (ou seja, o redactor) era Laurindo Mendes, enquanto a “marca da fábrica”, vulgo editor, estava a cargo de Carlos Gonçalves. A redacção do jornal, provocatoriamente intitulada “sede do laboratório”, ficava na Rua da Alegria, 218; a tipografia, na Travessa Passos Manuel, 27. Custava 2 centavos, e explodia regularmente aos sábados, em edições de 8 páginas. Os desenhos principais, a cores, publicados na primeira e última página, saíram quase todos do lápis do director artístico, Cristiano de Carvalho. O seu traço é omnipresente na publicação, dando-lhe um cunho que deixa “antever uma tendência neo-realista”. O resto da colaboração gráfica foi assegurado por Larçam (pseudónimo de António Marçal), M. Pacheco (1888-1961), Almada Negreiros (1893-1970), Gil (a seguir a Carvalho, o mais assíduo desenhador), Manuel Monterroso (1875-1968) e Cristiano Cruz (1892- 1951)...>>
Álvaro Costa de Matos
Lisboa, 25 de Maio de 2011.










1 comentário:

observatorio de almas disse...

Sabe me dizer quem era, foi: M.Pacheco?